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sábado, 14 de março de 1998

Da Arrábida ao Gerês ... passando pela Serra da Estrela

Monte Gordo, 20.09.1997
Depois da "descoberta" de Somiedo, no Outono e Inverno de 1997/1998 sucederam-se pequenos passeios na autocaravana, intervalados por actividades de campo com alunos. Em 20 e 21 de Setembro passámos um fim de semana em Monte Gordo, pouco mais de um mês depois em Alpiarça.
Com duas turmas de novos alunos do 10º ano, num cinzento e chuvoso dia 17 de Novembro levo-os à Arriba Fóssil da Costa da Caparica e ao Parque Natural da Arrábida. Seria o treino para, 4 meses depois, levar esses mesmos alunos ... ao Alvão e ao Gerês. Estava a nascer mais um grupo, entre tantos, a ficar para sempre na memória, nas memórias de uma escola vivida muito para além da escola, mais um grupo a viver, durante os 3 anos do secundário, as "aventuras" e os muitos momentos de convívio e camaradagem que lhes proporcionámos.
Lagoa de Albufeira, 17.11.1997
Cabo Espichel, 17.11.1997
Vale do Zêzere,
Serra da Estrela, 22.02.1998
No Carnaval de 1998, a caravana leva-nos a uma volta pela Serra da Estrela, com passagem pela Sortelha. O vale glaciar do Zêzere, as aldeias serranas de Melo e Linhares da Beira e a vetusta  cidade  da
Camping Quinta das Cegonhas, Melo, 22.02.1998
Quando se atropela um carro... (24.02.1998)
Guarda recebem-nos por 4 dias. E na Guarda ... vejo o meu júnior entrar pelo pára-brisas de um carro, ao atravessar uma rua! Felizmente sem consequências de maior.

A 11 de Março de 1998 parto com os alunos do 10º ano para o Alvão e Gerês. O programa não foi muito diferente do que havíamos feito quatro anos antes, mas os alunos eram outros, claro,  e  outros  olhos  têm
Na ruralidade de Lamas de Olo, 11.03.1998
sempre novas visões, novas percepções, novos testemunhos de novas vivências. O rio Olo, as Fisgas de Ermelo, o caos granítico de Muas, a aldeia de Lamas de Olo, perdida no tempo, levaram estes alunos, a sua professora de inglês e o de Química, estreantes como eles nestas andanças, a um outro mundo, completamente desconhecido da maioria.
À noite, na Pousada de Juventude de Vila Real, houve lugar à música, à camaradagem entre todos, à alegria de viver e de conviver.
Erguer a voz e cantar
Pousada de Juventude de Vila Real, 11.03.98
No dia seguinte partíamos para norte, rumo às terras do Barroso e do Gerês. O velho Mosteiro de Pitões, a cascata e, claro ... a Srª Maria! Mas desta vez não dormimos lá, a "Casa do Preto" serviu apenas o almoço do grupo ... e que almoço! À tarde seria a visita a Tourém, para depois descermos o curso do Cávado ... e chegar à Pousada de Juventude de Vilarinho das Furnas já ao pôr-do-Sol. Mas na Pousada de Juventude ... havia uma discoteca à espera...J!
13 de Março, dia dedicado ao Gerês. Saímos a pé da Pousada de Juventude, atravessamos S. João do Campo, abeiramo-nos do rio Homem. A albufeira está cheia, não se vê a aldeia submersa. Subimos a velha geira romana, chegamos à Mata de Albergaria e à Portela do Homem. Aí, espera-nos como habitualmente o transporte do Parque Nacional, desta vez o "cómodo", a carrinha fechada, para nos levar à Pedra Bela e à Cascata do Arado ... e a um "brinde" extra, a aldeia de Ermida. Mais uma vivência rural de montanha, onde inclusivamente se testemunhou o quão cedo na vida começa a labuta dos campos, como se pode ver no segundo vídeo que acompanha este texto.
Parque Natural do Alvão, 11.03.1998
Parque Nacional da Peneda-Gerês, 12 e 13.03.1998
 
No último dia, de regresso à cidade, visitámos ainda pela segunda vez o Parque Biológico de Gaia, onde este prometedor grupo de alunos terminaria as suas "aventuras" ... deixando-nos testemunhos como estes:

“Cada passo, cada árvore, cada flor, eram novidade para mim”
Sónia Cordeiro

“Senti uma calma interior como nunca sentira antes; toda aquela força inofensiva, a beleza virgem mas mutável das terras altas, o respeito do Homem pela Natureza, fizeram-me pensar que talvez exista uma esperança, um caminho para tudo. O contacto com a Natureza fazia-­me sentir cada vez mais pequena em relação à sua grandiosidade."
Ana Pepe
“Muito obrigado por nos ter dado a conhecer aquele outro lado da vida, com o desejo de regressar e encontrar novos mundos"
Sandra Nunes
“Ao estarmos em contacto directo com a Natureza, aprendemos a respeitá­-la e a admirá­-la. Também acho importante a realização deste tipo de visitas, para que valores como a solidariedade, o companheirismo e a amizade possam transparecer."
Ana Isabel Barão
“Que estrondo! Que será isto?! Um terramoto? Um furacão? Gente não é certamente e a chuva não bate assim. Fomos ver. Ups, era o nosso naturalista a bater à porta! Rapidamente (que remédio) tivemos que nos arranjar, para mais um passeio ao ar livre...J!"
Ana, Brigite, Susana e Vanessa

17 de Abril de 2011

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