Este blog está programado e paginado para Microsoft Internet Explorer. Noutros browsers, é natural alguma desconfiguração.

domingo, 17 de julho de 2005

Junceda - Calcedónia e Arado - Borrageiro - Teixeira: pelos tesouros do Gerês!

Em Julho de 2005 regressava ao "meu" Gerês! Desta vez "pela mão" do CAAL, no fim de  semana de 16  e
Do miradouro da Junceda, sobre o Gerês, 16.07.2005
17. E esta foi, sem dúvida alguma, a mais espectacular actividade em que participei com aquele Clube. Com base no Parque de Campismo da Cerdeira, fizemos duas caminhadas fantás-ticas, que me permitiram conhecer alguns tesouros do Gerês que, até aí, me estavam ainda escondidos. Sábado, a partir do parque, subimos à Junceda, ao geodésico das Lamas e ao mítico cabeço da Calcedónia, onde já diversas vezes tencionara ir. A Calcedónia é um cabeço granítico,
Fenda da Calcedónia, 16.07.05
cujo cimo se atinge atravessando uma estreita fenda situada entre duas enormes lajes graníticas. Ali terá existido uma lendária "cidade", mais provavelmente um povoado fortificado da alta idade média, de que se observam restos de muralha, feita de grandes blocos graníticos. A passagem da fenda da Calcedónia quase nos dá a sensação de uma passagem para outra dimensão, para um outro universo, um universo com a força do granito e dos três minerais que o compõem, o feldspato, a mica e o quartzo. Esse enigmático quartzo, composto por ametista, citrino, calcedónia, cornalina, ágata e jaspe. Dela, da calcedónia,
No cabeço da Calcedónia, 16.07.2005
diz-se que harmo-niza o corpo, a mente, o espírito e as emoções. Diz-se, também, que promove a estabilidade mental e é útil na comunicação verbal, proporcionando clareza de discurso.
Depois, domingo, a "aventura" era subir da Ponte do Arado ao Borrageiro, pela Chã de Pinheiro e Roca Negra, descendo depois aos autênticos paraísos perdidos do Camalhão e da Teixeira. E foi efectivamente uma jornada memorável, pelo Gerês puro e duro. Nunca o granito me revelara a nossa pequenês como naquele dia, ali, naquela imensidão de rocha. A dimensão granítica transfor-ma qualquer um em simples mortal, com o tempo bem definido. Mais do que palavras, as imagens revelam parte do mundo que se me estava a revelar, naquele mundo mágico do "meu" Gerês!
A Roca Alva, vista da Chã de Pinheiro, 17.07.2005
No Gerês puro e duro, a caminho do Borrageiro, 17.07.2005
Subida para o Borrageiro, 17.07.2005
Subida para o Borrageiro, 17.07.2005
Descida do Borrageiro para a Chã da Fonte, 17.07.2005
Do Borrageiro, descemos ao Curral do Camalhão e ao vale da Teixeira, pela Chã da Fonte. Outros dois tesouros escondidos! É claro que esta era uma caminhada dura para a maioria dos alunos que andaram comigo, mas, durante tantos anos a levar alunos, nunca imaginei que acima das piscinas naturais do Arado - onde até algumas vezes subi com alguns - existiam aqueles autênticos paraísos perdidos. O Camalhão e, principalmente, o vale da Teixeira ... é um autêntico Shangri-La, o vale perdido de James Hilton, onde o tempo parece deter-se, onde se acredita num mundo novo possível.
Mas ... tínhamos de regressar ao mundo real. E, em vez de regressar ao Arado, da Teixeira desviámos para poente, em direcção ao Varejeiro e à Pedra Bela, onde terminou esta fabulosa jornada "pelos tesouros do Gerês".
17 de Junho de 2011

                  
Cerdeira - Junceda - Calcedónia - Covide, 16.07.2005
Arado - Borrageiro - Camalhão - Teixeira - Pedra Bela, 17.07.2005
 

3 comentários:

JORGE FIGUEIREDO SANTOS disse...

O «Gerês, essencial em meia-hora», vi com muito interesse... e sentado. Encontrei aqui uma excelente janela sobre aquele nosso mito geográfico, nomeadamente em perspectivas da paisagem, que o «turista acidental» não alcança. No fim ainda a surpresa da reportagem ser tua. Parabéns, muito bom.

Lírio disse...

Todos este sítios são lindos!!Cada um com o seu encanto!
A Calcedónia é arrepiante, imponente, única!
O Vale do Camalhão é muito especial para mim...Alguns carvalhos que lá teimam em manter a sua presença, embora já sem vida, pintam o cenário de uma beleza muito especial! Lá também se encontra uma pequena estátua da Sra. do Camalhão fixada numa rocha virada para o prado, conseguiram vê-la?
A reportagem está muito bem, os meus parabéns!

Um abraço :)

José Carlos Callixto disse...

Olá "Lírio"
Obrigado pelo comentário neste meu blog ... que apesar da "velocidade" da escrita nunca mais chega à actualidade... :(
Em 2005 vimos efectivamente a pequena estátua da Srª do Camalhão.
E, nesta caminhada que agora fiz por mais alguns tesouros do Gerês, o encontro com o Jorge na ponte de Servas foi muitíssimo agradável, conforme já vos disse por mail! Gostei imenso daqueles momentos de conversa e da troca de experiências vividas.
Espero sinceramente que o pé esteja quase operacional e que, brevemente … a "cabra do Gerês" possa de novo deambular por este paraíso serrano.
Hoje vou fazer o trilho castrejo, em Castro Laboreiro.
Um grande abraço e, eventualmente, até um dia em que façamos uma caminhada em conjunto :)