1977 / 78 foi o primeiro ano lectivo da minha carreira, após o estágio. E, já com um filho, claro que tudo
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16.07.1978 - Num dia de festival aéreo ... nova forma de ver
Santa Cruz e toda a costa, da Ericeira às Berlengas! |
concorreu para que se seguissem alguns anos "mornos", em termos de "aventuras" e do sempre desejado contacto com a Natureza. As
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Agosto de 1978 - o João em Santa
Cruz ... em contacto com a Natureza...J! |
férias dividiam-se entre San-ta Cruz - de novo com os amigos feitos no Arquivo, meu primeiro emprego - ou acampando, na Arrábida, no Guincho, onde se proporcionava.
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17.08.1978 - De novo no Portinho de Arrábida |
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19.08.1978 - No Tejo, de regresso da Arrábida |
Só em fins de 78, início de 1979, surgiu a carta de condução e o primeiro carro. O "ensaio" ... tinha de ser numa área protegida, numa comunhão natural! A
Reserva Natural do Estuário do Tejo era a que estava mais próxima.
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22.04.1979 - Em Pancas, Estuário do Tejo |
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22.04.1979 - a estreia natural do 1º automóvel...J! |
Nas aulas, claro que as saídas de campo continuavam, fermentando as grandes excursões que mais tarde viria a organizar. As arribas fósseis do litoral da Caparica, até ao
Cabo Espichel - e a "velha"
Arrábida, claro - foram destino de várias destas saídas de campo, sempre num misto de aprendizagem e de são convívio entre todos, alunos e professores ... como me ensinara o Ribau.
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26.05.1979 - Cabo Espichel, com alunos do 8º ano |
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02.06.1979 - Cabo Espichel, com alunos do 10º ano |
Nas primeiras férias "automobilizadas" ... "corremos" para
Vale de Espinho! Mais ar puro, mais Côa, mais
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Em Vale de Espinho, no Freixial,
em amena cavaqueira - 05.08.1979 |
Malcata, mais verde ... mais vida! Mas infelizmente, ao fim de poucos dias, tivemos de bater em retirada, já que o nosso pimpolho resolveu entrar em "greve da fome"...
L!
É por esta altura que um biólogo, como nós, e que bem conhecíamos dos tempos da Faculdade, lança a famosa campanha "
Salvemos o Lince e a Serra da Malcata". A campanha e os estudos de Luis Palma sobre a espécie conduziriam à criação da Reserva Natural da Serra da Malcata, da qual contudo, infelizmente, o lince acabou mesmo por desaparecer.
Saídos "às pressas" de Vale de Espinho, rumámos a sul; o rebento precisava de praia ... e lá rumámos aos Algarves. 5 anos depois da última "aventura", quem havia de encontrar na praia de
Lagos? O meu "guia" de tanto do que eu fui e sou na vida ... o Dr. Ribau! E os velhos tempos lá vieram à conversa, as recordações reavivaram-se. Que será feito de toda aquela boa gente dos campos, que sempre nos recebeu de braços abertos, quando nos instalávamos próximo, para "desvendar os buracos" das suas terras? Tinham sido realmente belos tempos, dias excepcionais, recordações que o tempo não apagará nunca da memória!
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À "conquista" dos Algarves, Agosto de 1979 |
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Praia de Portimão, Agosto de 1979 |
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Ponta da Piedade, Lagos, Agosto de 1979 |
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Parque de Campismo de Milfontes, Agosto de 1979 |
No ano lectivo de 1979 / 1980, passei ao quadro efectivo de uma escola secundária ... na "terra dos
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Acção de Educação Ambiental para a
Escola do Entroncamento, 1.03.1980 |
fenómenos". Mas, se a minha efectivação no
Entroncamento me obrigava a quase 4 horas de comboio diárias ... por outro lado proporcionou-me o contacto diário com a beira-Tejo, com o espectáculo grandioso do nascer do Sol sobre os mouchões, por vezes com o voo dos flamingos a preencher um cenário que me passou a ser familiar.
Para a Escola do Entroncamento, organizei a primeira de três acções sobre Educação Ambiental, para professores, dinamizadas pela então
Comissão Nacional do Ambiente (CNA). A sessão de campo foi na Barragem do Castelo do Bode ... e na "minha" Serra d'Aire.
2 comentários:
Gostei. Este relato coloca-nos na época, tomando contacto com locais e pessoas através das palavras.
A escolha de Pancas para estreia auto parece-me bem, aquela picada está sempre bem esburacada e depois não fica muito longe do alcatrão...
Dessa picada conservo na memória uma imagem para mim inédita, no meio de uma seara, visto da estrada um número incalculável de quase imóveis abetardas espalhadas entre os colmos. Se não visse não acreditava. Aliás, só quando cheguei a casa em consulta ao guia FAPAS determinei, que aquelas enormes aves com fortes patas seriam abertadas. Inesquecível.
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