Depois de em 2005 e 2007 ter levado os
Caminheiros Gaspar Correia às terras mágicas de
Somiedo, em 2009 e em colaboração com dois outros amigos daquela "família" ... levei-os aos
Pirenéus. De 30 de Julho a 9 de Agosto, num misto de actividade turística, cultural e caminheira, foram 11 dias destinados essencialmente aos Pirenéus e ao sul de França. Há 14 anos que não ia a
Ordesa...! Há 19 anos que não
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Llanos de la Larri, Pineta, Pirenéus aragoneses, 1.08.2009 |
ia a
Gavarnie...! O
Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, na vertente espanhola, e o
Circo de Gavarnie, na francesa, foram assim o palco de 4 fabulosas caminhadas ... numa das quais atravessámos os Pirenéus a pé, no sentido França - Espanha.
No último dia de Julho estávamos assim a entrar no país de
Sobrarbe, antigo condado encravado nos Pirenéus aragoneses. Fizemos base em
Bielsa ... e no dia 1 tínhamos a primeira caminha-da, aos
Llanos de la Larri, sobre o vale de
Pineta, passando na base das cascatas do
Cinca e da vertiginosa subida ao Balcão de Pineta e ao
Lago de Marboré; longínquo ia o ano de 1988, em que
levei os meus alunos àquelas paragens altaneiras.
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No cimo dos Llanos de la Larri, Pineta, Pirenéus aragoneses, 1.08.2009 |
Dia 2 de Agosto entrávamos em França ... e o destino era a mítica
Gavarnie. A partir da vila, percorremos o vale que conduz ao famoso e fabuloso
circo de Gavarnie ... que eu havia feito
quase há 20 anos!
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Circo e Cascata de Gavarnie, 3.08.2009 |
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Na base da Cascata de Gavarnie, 3.08.2009 |
Dois dias depois - e depois de uma visita à cosmopolita
Pau e a
Lourdes - estávamos a atravessar os Pirenéus a pé, de França para Espanha! Subindo de autocarro desde Gavarnie até ao
Col de Tentes ... a tentação era a de prosseguir para a mítica
Brecha de Rolando. A travessia por essa emblemática passagem ainda chegou a estar pensada, mas tratar-se-ia de uma caminhada dura para muitos dos participantes. Talvez um dia ... talvez se ainda um dia subir mesmo ao
Monte Perdido...
A travessia fez-se assim pelo
Puerto de Bujaruelo (onde aliás tinha estado em 1990), descendo depois a vertente espanhola até àquela simpática aldeia, nas margens do
rio Ara.
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Descida do Puerto de Bujaruelo para a vertente espanhola, 5.08.2009 |
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Filmando para o vale de Bujaruelo e o rio Ara, 5.08.2009 |
De Bujaruelo, seguimos o curso do Ara até
Torla, passando junto à entrada do vale de
Ordesa, que faríamos no dia seguinte, 6 de Agosto. E para o vale de Ordesa tínhamos contratado o acompanhamento por guias locais, fundamentalmente para permitir a divisão do grupo em dois: a maioria subiu a espectacular
Senda de los cazadores, seguindo depois a
Faja de Pelay até ao fundo do vale. A
Faja de Pelay é um dos muitos trilhos existentes nas vertentes das paredes rochosas de ambos os lados do vale de Ordesa, permitindo panorâmicas espectaculares. Num dia também ele espectacular, a
Brecha de Rolando mostrou-se-nos sobre os paredões rochosos de
Cotatuero. E quando começamos a descer para o vale ... abre-se-nos o espectáculo grandioso do
Monte Perdido e do
Soum de Ramond, os dois cumes que fecham aquele magnífico circo.
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E lá está a Brecha de Rolando, passagem mítica dos Pirenéus, na fronteira franco-espanhola, 6.08.2009 |
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O vale de Ordesa, o Monte Perdido e o Soum de Ramond, vistos da Faja de Pelay, 6.08.2009 |
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Cascata de Cola Caballo, 6.08.2009 |
À hora do almoço estávamos a encontrar-nos com o segundo grupo, que fez o percurso sempre pelo fundo do vale. O ponto de encontro foi junto à imponente cascata da
Cola de Caballo, aos pés do Monte Perdido e precisamente onde as montanhas fecham aquele circo glaciar. Estar naquele local é viver uma Natureza impressionante, que cativa e seduz ... e nos faz sonhar com outras aventuras que ainda um dia gostava de fazer...
J.
O regresso de todo o grupo foi pelo fundo do vale, acompanhando o
rio Arazas e as suas sucessivas
gradas, ou degraus rochosos, as
Gradas de Soaso. Bosques de faias acompanham grande parte do percurso ... o percurso que havia feito pela primeira vez em 1983 ...
26 anos antes!
E dia 7 iniciávamos o regresso a casa, calmamente, ao longo da nossa Península Ibérica: uma etapa transversal, a sul da cordilheira pirenaica e com uma visita à navarra
Pamplona, e duas etapas cruzando a meseta castelhana, por Soria e Aranda de Duero.
Ficam os percursos destas quatro fabulosas caminhadas:
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