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domingo, 30 de julho de 2000
De terras pirenaicas a terras da Dordonha
22 de Julho de 2000. Terminara mais um ano lectivo. Na caravana, partimos rumo a Segovia e aos Pirenéus. Ao segundo dia, estamos no vale de Hecho, extremo ocidental dos Pirenéus aragoneses. Era mais um paraíso para descobrir, ao longo do rio Aragón Subordán e entre picos que ultrapassam os 2300
Ao longo do A. Subordán, a caminho de Aguas Tuertas, 24.07.2000
metros de altitude. Passada Hecho, a estrada aperta-se entre os enormes paredões rochosos da Boca del Infierno, para terminar na Selva de Oza, magnífico bosque de faias, abetos e pinheiros silvestres.
O dia 24 foi assim dedicado a uma esplêndida caminhada, subindo o curso do Aragón Subordán, paralelamente à fronteira francesa. Nos céus, cruzavam-se abutres e milhafres. Foram cerca de 11 km até ao lugar de Aguas Tuertas, nome aragonês para os meandros que o rio desenhou naqueles prados de altitude, para os quais correm numerosas cascatas e torrentes. Estávamos a 1600 metros de altitude e a pouco mais de 2 km já da fronteira ... mas havia que regressar à caravana, na Selva de Oza, e a Hecho. A aldeia é também uma pequena jóia arquitectónica, denotando já a influência da proximidade com Navarra. Tínhamos conhecido mais um recanto paradisíaco dos Pirenéus!
Hecho, Selva de Oza e Aguas Tuertas, 24.07.2000
O percurso da Selva de Oza a Aguas Tuertas
no Wikiloc / Google Earth
No dia seguinte, passámos de terras aragonesas para terras Navarras, por Ansó e Roncal. É o reino da montanha, em que tão depressa subimos a um puerto como descemos a um profundo vale. Passámos Isaba, subimos, e, a 1760 metros de altitude ... entrámos em França. Estávamos no Col da Pierre St-Martin. Nos meus tempos da Espeleologia, tinha ouvido falar muito da gruta do mesmo nome, situada nas proximidades do Col. Com os seus mais de 1300 metros, era considerada a gruta mais profunda do mundo.
Depois, por Pau - de onde dissemos adeus aos Pirenéus - Tarbes, Auch e Agen - onde cruzámos o Garona - o destino era a Dordogne, as terras da Dordonha, especialmente o vale do Vézère, ou Vallée de l'Homme, o berço do Homem moderno. Em Les Eyzies e nas grutas de Lascaux, revivemos o quotidiano dos nossos antepassados do Neanderthal. E, ao longo do Dordogne, sucediam-se belas paisagens, complementadas por imponentes castelos e culminando nas construções monásticas de Rocamadour, onde "venerámos" a respectiva Virgem Negra.
Rocamadour, Dordogne, 28.07.2000
Tours e o Loire, 30.07.2000
Ao fim da tarde do dia 28 de Julho estávamos mais uma vez em Tours ... e mais uma vez a bela cidade do Loire nos recebia. Lá passámos os 3 dias seguintes, em família ... para depois seguirmos para os Alpes!
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