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quinta-feira, 15 de abril de 1999
Da arriba fóssil da Costa da Caparica à Serra d'Aire ... e à Serra de Gredos
Duas semanas depois das "aventuras" no Gerês, juntávamos as turmas do 10º ano que nelas tinham participado com uma turma de 8º ano do meu núcleo de estágio. Uma "mistura explosiva"? Não ... um
Praia dos Lagosteiros,
Cabo Espichel, 17.03.99
saudável dia de camaradagem entre jovens de idades diferentes, nas arribas fósseis da Caparica e na velha Arrábida. Próximo da Fonte da Telha, assistimos à cena caricata do autocarro enterrado na areia ... tendo de ser substituído por outro! E no Cabo Espichel, descemos à praia dos Lagosteiros ... para depois subirmos a Pedra da Mua. Só no início do século XX as pegadas ali existentes foram reconhecidas como sendo de dinossáurios; segundo a lenda, em 1410 teria sido avistada a Virgem Maria a subir a arriba montada numa mula, cujas pegadas teriam ficado impressas na rocha...!
Esta "escalada" da Pedra da Mua, até à Ermida ... seria épica...J! E do Cabo Espichel passámos ao Portinho da Arrábida ... onde ainda houve lugar a banhos...J!
Ainda nesse mesmo mês de Março, no dia 24 foi a vez de levar as 3 turmas do 7º ano e a turma de 8º ano do núcleo de estágio à Serra d'Aire, incluindo as Grutas de Mira d'Aire. De Mira d'Aire subimos ao alto de Alvados, depois descemos o vale a pé. O autocarro esperava-nos ... junto ao velho "Café da Bica". Quantos anos se haviam passado, desde os velhos acampamentos da Espeleologia...
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Arriba Fóssil da Caparica e Arrábida, 17.03.99
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Serra d'Aire, 24.03.99
No final de Março e início de Abril de 1999, já em férias da Páscoa, pegámos na autocaravana (sem alunos...J) e fizemos 6 dias a dois pela Serra de Gredos. A caminho de Plasencia, começámos por recordar Monfragüe, terminando essa primeira jornada em Jarandilla de la Vera, bem à vista já dos
A caminho do Almanzor, 1.04.99
cumes de Gredos. Próximo, visitámos o histórico Mosteiro de Yuste, onde morreu Carlos V.
Até hoje, sem nenhuma razão especial, foi a única vez que nos entregámos à Serra de Gredos ... mas no dia 1 de Abril de 1999 fizemos ambos uma fabulosa caminhada, maioritariamente em neve, bem no coração de Gredos. Tínhamos contornado a serra por Arenas de San Pedro e Hoyos del Espino, povoação a partir da qual avançámos à "conquista" do Pico Almanzor. No alto dos seus quase 2600 metros de altitude, o Almanzor era visível de quase todo o lado. Claro que não era provável atingi-lo naquela altura do
Na imponência de
Gredos, 1.04.1999
ano ... mas não ficámos longe. O percurso a pé levou-nos do fim da estrada até ao Refúgio Elola, a 2100m, no trilho para o Almanzor e para a Laguna Grande de Gredos. A sensação de pertencermos à montanha era completa. Sobre um manto branco, a contrastar com um céu por vezes cinzento chumbo, à medida que avançávamos sentíamo-nos quase transportados para os Himalaias. Ao longo do trilho, pouco perceptível na neve, numerosos grupos de montanhistas altamente equipados passavam por nós em ambos os sentidos. O Refúgio Elola tem, pelos vistos, uma procura assídua no início de Primavera. Limitámo-nos a ir até lá, daí para a frente e naquelas condições de neve ... era "areia" demais para nós. O Pico Almanzor ficaria para outras "núpcias" ... que contudo ainda não se concretizaram. Vê-lo-íamos de novo no dia seguinte, ao descer já a Serra pelo lado norte, pelo Puerto de Tornavacas.
A caminhada da Serra de Gredos no Wikiloc / Google Earth ... e em vídeo:
O regresso a casa fizemo-lo por Valencia de Alcantara, Marvão, Castelo de Vide ... e ainda pela alentejana Serra de S. Mamede. No dia 3 de Abril estávamos em casa.
E pouco mais de uma semana depois, a 15 de Abril, estava de novo "em campo", com as turmas do Núcleo de Estágio, na Tapada de Mafra e no Penedo de Lexim, ensinando-lhes a reconhecer a disjunção colunar naquela chaminé vulcânica, próxima também de Mafra.
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